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A nave espacial Athena, desenvolvida pela Intuitive Machines (IM), foi considerada inoperante após capotar na superfície lunar durante sua tentativa de pouso.

O episódio, ocorrendo na quinta-feira (6), representa um importante contratempo para o programa de serviços de carga lunar comercial (CLPS) da NASA, que busca impulsionar a exploração da Lua por empresas privadas.

Athena falha: nave capota na Lua e é considerada ‘inoperante’

Missão lunar Athena: do pouso promissor ao anúncio de falha

Lançada com a missão de coletar informações essenciais para o futuro retorno de seres humanos à Lua, a nave Athena pousou a aproximadamente 400 km de seu ponto de aterrissagem pretendido, nas proximidades do polo sul lunar. Inicialmente, a nave havia conseguido gerar energia e enviar dados à Terra, sinalizando uma “atitude inadequada”.

Entretanto, na sexta-feira (7), a IM confirmou que a Athena tombou de lado. Devido à nova posição de seus painéis solares e às temperaturas extremas na região da cratera, a nave não conseguiria recarregar suas baterias, resultando no término de sua missão.

A falha da Athena suscita preocupações sobre o projeto da nave, que apresenta semelhanças com a Odysseus, a primeira espaçonave privada a pousar na Lua. Esta também tombou durante o pouso, em fevereiro de 2024, após danificar uma de suas pernas. A repetição de tais falhas levanta questionamentos sobre a confiabilidade do design e a necessidade de melhorias para futuras incursões espaciais.

A missão IM-2, como era chamada a operação da Athena, levava diversos experimentos científicos da NASA, incluindo a broca de regolito Trident, projetada para investigar a presença de água e outros elementos essenciais à vida lunar. Além disso, a nave transportava três sondas robóticas móveis, incluindo a plataforma de prospecção autônoma móvel (Mapp), que se tornou o primeiro veículo comercial a alcançar a Lua. A perda desses equipamentos representa um golpe significativo para os projetos lunares da NASA.

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Apesar do revés, a IM destacou que o pouso próximo ao polo sul lunar foi um feito notável, classificando-o como “o pouso lunar e as operações de superfície mais ao sul já realizadas”. A empresa enfatizou que a área é conhecida por suas condições desafiadoras, tanto em termos de terreno acidentado quanto de iluminação solar e comunicação. A IM acredita que os dados obtidos durante a missão Athena contribuirão significativamente para as futuras explorações da região.

A missão Athena era parte integrante do programa CLPS da NASA, que destinou US$ 2,6 bilhões em contratos para empresas privadas com o intuito de desenvolver missões lunares. O propósito do programa é fomentar a exploração comercial da Lua e preparar as bases para a missão tripulada Artemis 3, prevista para ocorrer em meados de 2027.

Enquanto a Athena amarga a inoperância em solo lunar, a missão Blue Ghost 1, da Firefly Aerospace, teve êxito em seu recente pouso, evidenciando o contínuo avanço da exploração lunar por empresas privadas.

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